Alex,
Esses dias na sua casa fiquei te
reparando por alguns segundos... e no final desses segundos me dei conta do
orgulho que sinto de você meu irmão, comprometido com a família, com a Ellen e
Emily, você se tornou um bom pai chamando a responsabilidade pra si.
Às vezes a gente acha que só
será motivo de orgulho pra alguém se fizermos coisas importantes aos olhos de
terceiros, mas não, não é assim. O número “1” não existe, o primeiro lugar é
ilusório e para os tontos, vivemos em um circulo onde cada qual vai exercer sua
função e é daí que vira o respeito e reconhecimento. E hoje mano você é o meu
exemplo de como posso ser melhor.
E todo aquele ódio que às vezes
surgia na adolescência durante as brigas por coisas bestas e sem sentido, - tão
sem sentido que nem lembro os motivos – então, aquele ódio não passava de amor
de irmão represado. Eu sempre quis chegar mais perto de você, ser o seu melhor
amigo, mas a concorrência era forte, pelo fato de eu nunca ter sido muito bom
na bolinha de gude, no soltar pipa o máximo que eu conseguia era dar um “retão”
e ver afundar em meio as casas da Vila Inglesa por não saber fazer ela subir,
pegar rabeira de caminhão então muito menos, a última vez que tentei doeu, não
dava pra te acompanhar.
Alex, não sabemos que caminhos iremos
trilhar no amanhã, mas uma das coisas que não quero perder é essa nossa
proximidade, em morar perto um do outro e sempre que sentir vontade aparecer na
casa sem avisar, abrir a geladeira sem cerimônia e falar besteiras, que isso
perpetue, e que nunca falte oportunidade de dizer “Eu Te Amo meu irmão e tenho
orgulho de você.”
Nessa tarde te escrevo essa
carta por que esse costume foi perdido no tempo, e nós só demonstramos
sentimentos de carinho pelos nossos quando os perdemos pro tempo ou pra vida,
não quero usar as mais belas palavras para algo ou alguém que não esta mais
aqui, só por isso escrevo.
Que possamos caminhar juntos.
Com Amor.
Mano Ril
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