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terça-feira, 12 de agosto de 2014

- Cartas aos meus – Carta 6

 Maria,

 De onde provém toda essa força e garra? Talvez venha dessa paixão pelos seus objetivos,
talvez venha do rosto e dos olhos da Lara. Amiga sabemos o quanto é difícil tentar caminhar
nos dias atuais, tudo conspira contra. É o transporte público, é o trabalho que tenta sugar toda
suas forças, é o estudo para tentar se posicionar melhor na vida e a saudade da família que se
faz presente minuto a minuto.

 Você traz honra no teu nome e em suas ações, torço pra que as coisas realmente dêem certo
na sua caminhada, e tem que ser do seu jeito e não do jeito que for melhor, pois mais do que
ninguém você sabe o que quer, logo seja do seu jeito e nada mais. Ontem me lembrei dos seus
olhos ao falar da Lara, lembra os da minha mãe ao falar no Adriano, cada dia me impressiono
mais com vocês, Maria você poderia ser uma das definições de amor de mãe.

 Fico aqui vasculhando meu vocabulário pobre, tentando encontrar palavras para formar frases
perfeitas no intuito de definir a admiração e respeito que tenho por você, mas não consigo, e
não é por falta de inspiração, você inspira até o mais pessimista dos homens a batalhar.

 Esse negócio complexo chamado vida é feita de escolhas, cada passo uma escolha, cada
escolha uma consequência e assim segue ganhando e perdendo, sempre com uma única
certeza, a de estar aprendendo e colocando em pratica os aprendizados que muita das vezes é
dolorido, sofrido, sufocante, porém nunca em vão.

 Maria você pode andar, andar e nunca chegar a lugar algum, mesmo assim não deixe de
recomeçar, todo recomeço é bonito e ser for preciso recomece diariamente, faça esse amor
e dedicação valer a pena, sem pena. Acima de tudo, bem lá no alto onde as mãos humanas
não podem tocar, coloque seus sábados e domingos com que você ama, forre com uma toalha
de mesa azul – ou qualquer outra cor -, faça todos sentarem e ame-os, ame sem vergonha
de amar, transmita escancaradamente esse amor para que nenhuma segunda feira cinza e
amarga o apague.

 Escrevo essa carta por que esse costume foi perdido no tempo, e nós só demonstramos
sentimentos de carinho pelos nossos quando os perdemos pro tempo ou pra vida, não quero
usar as mais belas palavras para algo ou alguém que não esta mais aqui.

 Toda luz no seu caminho. Com carinho.

 Mano Ril.


( "Cartas aos meus" é uma série de cartas que escrevi para várias pessoas que nos acompanham de perto ou de longe, amigos, parceiros, irmãos... E reticências.)

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