Total de Guerreiros e Guerreiras que passaram por aqui

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

- Carta aos meus – Carta 8


Adriana,

 Assim que comecei a colocar essas palavras no papel pensando em você me dei conta de uma 
coisa. A vida tem uma divida com você, ou você com ela. Então minha irmã é hora de alguém 
pagar alguém nessa historia. Resolvam-se e tratem de viver muito e bem.

 Ficou uma lacuna na sua vida, um buraco não preenchido, mas tem uma coisa que descobri. 
Nunca é tarde, nunca será tarde pra nada, sempre podemos viver e fazer coisas que de alguma 
forma nos foi roubada. Que não seja tarde pra aprender andar de bicicleta, jogar videogame, 
beber cerveja, rir a toa feito criança, brincar de boneca com a Duda e tudo isso sempre com 
um olhar de quem diz: “Que se dane vocês e o que vocês pensam”, você foi roubada, Lembra? 
A vida tem dividas com você.

 Mana, toda vez que te olho vejo um reflexo da mãe, você também se tornou uma guerreira 
que sabe das coisas, acho que isso é dom de vocês mulheres. Mulheres mães que sabem 
caminhar, sabe por onde andar, quando tem que falar e quando tem que silenciar, nós homens 
a metade do tempo somos estúpidos e raciocinamos pouco, as vezes só enxergamos nosso 
maldito ego. Perdão.

 Nunca te falei e aproveito o momento pra dizer, você não sabe o conforto que senti quando 
me disse no velório da mãe que Nossa Senhora já havia acolhido-a e que estava tudo bem, a 
mãe estava bem no manto sagrado e que você a viu ser consagrada. Minha fé não chega nem 
perto da sua, mas acreditei, me senti bem e até hoje sinto o alivio. Obrigado.

 Adriana, te escrevo essa carta por que esse costume foi perdido no tempo, e nós só 
demonstramos sentimento de carinho pelos nossos quando os perdemos pro tempo ou pra 
vida, não quero usar as mais belas palavras para algo ou alguém que não esta mais aqui, então 
escrevo.

 Que a vida permita estarmos sempre por perto. Com amor.

Mano Ril

( "Cartas aos meus" é uma série de cartas que escrevi para várias pessoas que nos 

acompanham de perto ou de longe, amigos, parceiros, irmãos... E reticências.)

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

- Cartas aos meus – Carta 7

 Alex,

 Esses dias na sua casa fiquei te reparando por alguns segundos... e no final desses segundos me dei conta do orgulho que sinto de você meu irmão, comprometido com a família, com a Ellen e Emily, você se tornou um bom pai chamando a responsabilidade pra si.

 Às vezes a gente acha que só será motivo de orgulho pra alguém se fizermos coisas importantes aos olhos de terceiros, mas não, não é assim. O número “1” não existe, o primeiro lugar é ilusório e para os tontos, vivemos em um circulo onde cada qual vai exercer sua função e é daí que vira o respeito e reconhecimento. E hoje mano você é o meu exemplo de como posso ser melhor.

 E todo aquele ódio que às vezes surgia na adolescência durante as brigas por coisas bestas e sem sentido, - tão sem sentido que nem lembro os motivos – então, aquele ódio não passava de amor de irmão represado. Eu sempre quis chegar mais perto de você, ser o seu melhor amigo, mas a concorrência era forte, pelo fato de eu nunca ter sido muito bom na bolinha de gude, no soltar pipa o máximo que eu conseguia era dar um “retão” e ver afundar em meio as casas da Vila Inglesa por não saber fazer ela subir, pegar rabeira de caminhão então muito menos, a última vez que tentei doeu, não dava pra te acompanhar.

 Alex, não sabemos que caminhos iremos trilhar no amanhã, mas uma das coisas que não quero perder é essa nossa proximidade, em morar perto um do outro e sempre que sentir vontade aparecer na casa sem avisar, abrir a geladeira sem cerimônia e falar besteiras, que isso perpetue, e que nunca falte oportunidade de dizer “Eu Te Amo meu irmão e tenho orgulho de você.”

  Nessa tarde te escrevo essa carta por que esse costume foi perdido no tempo, e nós só demonstramos sentimentos de carinho pelos nossos quando os perdemos pro tempo ou pra vida, não quero usar as mais belas palavras para algo ou alguém que não esta mais aqui, só por isso escrevo.

 Que possamos caminhar juntos. Com Amor.

 Mano Ril

( "Cartas aos meus" é uma série de cartas que escrevi para várias pessoas que nos acompanham de perto ou de longe, amigos, parceiros, irmãos... E reticências.)

terça-feira, 12 de agosto de 2014

- Cartas aos meus – Carta 6

 Maria,

 De onde provém toda essa força e garra? Talvez venha dessa paixão pelos seus objetivos,
talvez venha do rosto e dos olhos da Lara. Amiga sabemos o quanto é difícil tentar caminhar
nos dias atuais, tudo conspira contra. É o transporte público, é o trabalho que tenta sugar toda
suas forças, é o estudo para tentar se posicionar melhor na vida e a saudade da família que se
faz presente minuto a minuto.

 Você traz honra no teu nome e em suas ações, torço pra que as coisas realmente dêem certo
na sua caminhada, e tem que ser do seu jeito e não do jeito que for melhor, pois mais do que
ninguém você sabe o que quer, logo seja do seu jeito e nada mais. Ontem me lembrei dos seus
olhos ao falar da Lara, lembra os da minha mãe ao falar no Adriano, cada dia me impressiono
mais com vocês, Maria você poderia ser uma das definições de amor de mãe.

 Fico aqui vasculhando meu vocabulário pobre, tentando encontrar palavras para formar frases
perfeitas no intuito de definir a admiração e respeito que tenho por você, mas não consigo, e
não é por falta de inspiração, você inspira até o mais pessimista dos homens a batalhar.

 Esse negócio complexo chamado vida é feita de escolhas, cada passo uma escolha, cada
escolha uma consequência e assim segue ganhando e perdendo, sempre com uma única
certeza, a de estar aprendendo e colocando em pratica os aprendizados que muita das vezes é
dolorido, sofrido, sufocante, porém nunca em vão.

 Maria você pode andar, andar e nunca chegar a lugar algum, mesmo assim não deixe de
recomeçar, todo recomeço é bonito e ser for preciso recomece diariamente, faça esse amor
e dedicação valer a pena, sem pena. Acima de tudo, bem lá no alto onde as mãos humanas
não podem tocar, coloque seus sábados e domingos com que você ama, forre com uma toalha
de mesa azul – ou qualquer outra cor -, faça todos sentarem e ame-os, ame sem vergonha
de amar, transmita escancaradamente esse amor para que nenhuma segunda feira cinza e
amarga o apague.

 Escrevo essa carta por que esse costume foi perdido no tempo, e nós só demonstramos
sentimentos de carinho pelos nossos quando os perdemos pro tempo ou pra vida, não quero
usar as mais belas palavras para algo ou alguém que não esta mais aqui.

 Toda luz no seu caminho. Com carinho.

 Mano Ril.


( "Cartas aos meus" é uma série de cartas que escrevi para várias pessoas que nos acompanham de perto ou de longe, amigos, parceiros, irmãos... E reticências.)

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

- Cartas aos meus – Carta 5

Patrícia,

 Toda vez que nos encontramos sempre nos emocionamos juntos, inevitavelmente os olhos lacrimejam pelas palavras pronunciadas, historias de vida e gratidão nos tornam mais vulneráveis e receptivos aos sentimentos, mas é hora de cessar, chega de chorar, sua cota de sofrimento já foi cumprida é chegado o momento de sorrir, sei que em meio a tanta dor, desigualdade e preconceito a gente tem uma espécie de vergonha em ser feliz, mas podemos ser felizes em meio à guerra que travamos com o desconhecido mais conhecido.

 O passado não foi justo com você, ele foi puto, covarde e sem compaixão e é hora dele ser eliminado, e pode eliminá-lo sem nenhum remorso possível, pois o melhor do teu passado você já extraiu e usa hoje para prosseguir lutando pelos nossos e pelos seus. O que sobrou dele não vale mais apenas ser lembrado. Certo tipo de lembranças só corrói e maltrata, quando fechamos os olhos para o passado conseguimos enxergar o presente e vive-lo de uma forma mais bonita e intensa e quem sabe ter a perspectiva do futuro, mas vamos deixar o futuro pro futuro.

 Amiga poder caminhar ao teu lado é bonito, é possível absorver energias positivas e leais, mas não vá se achando, muito dessa energia vem da Dandara também, não sei se já lhe disse isso, mas Dandara é um nome lindo e ela será uma das que irá nos representar lá na frente, não vai ser fácil pra ela, o mundo não vai se transformar da noite pro dia e o que fazemos aqui é só plantar uma semente pra quem sabe um dia essa colheita ser farta e livre.

 Patrícia vamos caminhar juntos e como diz a música:

 “Eu vejo a vida melhor no futuro, eu vejo isso por cima do muro...”

 Já tem gente demais plantando o pessimismo, eu quero ser do time dos otimistas que lutam por dias menos doloridos para todos que se assemelham.

 Hoje te escrevo essa carta por que esse costume foi perdido no tempo, e nós só demonstramos sentimentos de carinho pelos nossos quando o perdemos pro tempo ou pra vida, não quero usar as mais belas palavras para algo ou alguém que não esta mais aqui.

 Amiga que nunca nos falte vontade de viver e de querer bem aos de bons pensamentos, que as feridas da vida se curem e que a cicatrizes não doam mais.

 Com carinho.

ManoRil 

( "Cartas aos meus" é uma série de cartas que escrevi para várias pessoas que nos acompanham de perto ou de longe, amigos, parceiros, irmãos... E reticências.)

- Cartas aos meus – Carta 4

Adriano,

 Desculpe por eu ser desse jeito, desculpa por ter adotado esse tipo de vida que não permite estar mais tempo com você. Meu irmão não é tentando justificar, é que a vida aqui é uma grande merda, todo mundo trabalha muito e não tem tempo pra nada, pra ninguém e quase nunca pra nós mesmos e muito menos pra cuidar um do outro, são coisas que você não entende por que não teve tempo de absorver desse mundo aqui de fora. A gente se mata aos poucos e sem perceber, em alguns casos sobrando somente os fins de semana pra sobreviver.

 Dri, depois que a mãe nós deixou eu percebi você mais lúcido, parece que entendia melhor as coisas ignorando a paralisia cerebral. Deus não operou um milagre em você, fazendo-o levantar dessa cadeira de rodas e caminhar até aqui pra brincar com a Mayara e a gente conseguir trocar algumas palavras tomando cerveja e sorrindo, ou talvez ele tenha feito o milagre de alguma forma que eu com a minha ignorância não posso entender.

 Você é exemplo pra todos nós, aqui reclamamos de tudo, do ônibus, do salário, da marmita, do trabalho, vivemos para reclamar e ser mal humorado enquanto você ai totalmente limitado, não nega um sorriso nunca, nem pra brincadeira mais tola e infantil. Se algum parente ou amigo demora a nos visitar ou não manda convite para alguma festa já fechamos a cara e cortamos relação, você não, você sempre nos recebe com sorrisos. Você é especial meu irmão.

 Toda vez que vou ai te visitar sempre digo que é um soco no estômago da vaidade, e consigo voltar dando valor mais ainda nas coisas e pessoas que me rodeiam, porém sou falho, em poucos dias o estômago sara e a vaidade volta. Desculpa. O tempo vai passando e este espaço que seria seu nunca estará preenchido, você não viu minha formatura, não estava ao meu lado quando aprendi a dirigir, não viu o Pensamento Negro no palco, não foi ao meu casamento e não veio visitar a Silvia quando a Mayara nasceu. Eu sei que sou covarde por ter que deixar você ai, mas não teria como garantir todos os cuidados que por ser especial você necessita, a mãe deve ter partido com a mesma culpa, peço desculpas por ela também.

 Adriano te escrevo essa carta por que esse costume foi perdido no tempo, e nós só demonstramos sentimentos de carinho pelos nossos quando os perdemos pro tempo ou pra vida. Irmão termino essa carta tendo a certeza que você não ira lê-la, mas eu precisa escrever, de certa forma a escrita tem esse poder de eternizar momentos, o seu nome não estará no Haal da Fama, porém entre todos os ensinamentos que a vida insisti em entregar-me, o professor mais sábio é você. Espero pode dar mais valor à vida. Espero vê-lo em breve.

 Um abraço com amor do seu irmão.

ManoRil


( "Cartas aos meus" é uma série de cartas que escrevi para várias pessoas que nos acompanham de perto ou de longe, amigos, parceiros, irmãos... E reticências.)

- Cartas aos meus – Carta 3

Jéssica,

  Já te admirava antes mesmo de te conhecer, essa revolução tecnológica traz essas coisas, gostar antes de tocar, antes de ouvir o tom da voz, antes de perceber a simetria corporal e agora depois de frequentar os mesmos espaços físicos que você, também entrei na dieta “não engulo mais preconceito.”

  Ouvia falar que tinha uma tal de Jéssica Balbino que tinha um blog, livro lançado, era jornalista, militante do Hip Hop e fazia assessoria do grupo Inquérito – porra o inquérito mano, esse grupo é foda! – essa foi a minha expressão. E você ou qualquer outra pessoa tinha que saber o que senti aqui dentro quando a conheci pessoalmente na Parada Poética em Americana, lá no bar do Zara, era uma meta sendo cumprida amiga. E metas como essa eu as cumpro com satisfação.

  Devo um agradecimento eterno ao Rap e a Poesia por este encontro, assim como todos os outros que aconteceram e os que acontecerão.

  Amiga, eu já me atrevi a estudar Engenharia por dois anos e meio, foi uma besteira lascada, sou amante das palavras e não da exatidão e frieza dos números, beirei a depressão e a saudade da minha esposa e filha me fez desistir com muito orgulho da faculdade, estou te escrevendo isso por que ao ver você comentar sobre o jornalismo, passa por minha cabeça em fazer este curso, e fique ciente que se um dia isso acontecer a inspiração foi criado por você. É uma das coisas mais lindas o amor e dedicação pela profissão que você tem.

  Jéssica te escrevo essa carta hoje por que esse costume foi perdido no tempo, e nós só demonstramos sentimentos de carinho pelos nossos quando os perdemos pro tempo ou pra vida, eu não quero usar as mais belas palavras para algo ou alguém que não esta mais aqui. O importante é agora, e é extremamente importante você saber da sua importância pra alguém, por este motivo quero deixar claro o valor imenso que você tem. O mais gostoso dessas palavras, o mais bonito dessa demonstração de carinho e sentimento é não querer nada em troca, é gratuito, ou até mesmo por não ter algum motivo especial como aniversário ou qualquer outra data.

  Vida longa a ti e aos seus pensamentos amiga.

  Com carinho.

  ManoRil


( "Cartas aos meus" é uma série de cartas que escrevi para várias pessoas que nos acompanham de perto ou de longe, amigos, parceiros, irmãos... E reticências.)

- Cartas aos meus – Carta 2

Fabiano,

 Saudades é o que sinto da nossa época, é amigo nossa época passou e vivemos ela intensamente, e como foi bonito viver, as excursões da escola, o futebol na quadra, a turma do fundão e as nossas auto defesas.

 Esses dias amigo passando em frente ao ponto do Km 38 em Embu Guaçu me lembrei de quando você e o Fabio ficavam lá no ponto de ônibus comigo esperando minha mãe chegar, confesso que tinha medo de ficar sozinho lá, e a gente ficava cantando as músicas do Thaide e DJ Hum do disco “Preste Atenção”, na verdade eu cantava e vocês ouviam, devia ser muita encheção de saco da minha parte, peço desculpas por isso, mas deu certo.

 Mano, você não faz ideia de como foi triste quando por motivos de matriculas você foi estudar no período da manhã e eu no da tarde, foi uma das vezes que me senti perdido, faltava algo ali, faltava um amigo, queria mudar de horário só pra continuar nossa parceria. Não aconteceu. É como nos dias de hoje que aprendemos a viver distante um do outro, sem contato permanente, e ainda não me conformo com isso, ainda não. Pode parecer muito drama, que seja, mas pra mim sentir falta de um amigo nunca será drama.

 Os olhos chegam a brilhar quando vejo seus dois rebentos, a ficha ainda não caiu que já somos pais de família, com casa, com responsabilidades e é por isso que nesse momento escrevo feito moleque, pra retornar por alguns instantes ao que éramos antes, mas que fique claro fui feliz na nossa época e sou feliz hoje.

 Existe dentro do meu peito uma espécie de torcida organizada para que aconteça tudo certo no seu projeto de família, e que você trabalhe menos e viva mais, muito mais tempo com sua esposa, filhos, irmãos e mãe. Essa torcida traz uma faixa escrita assim:

“Não me ligue só para avisar que algum dos nossos amigos de escola faleceu, me ligue para jogar conversa fora também.”

 Fabiano te escrevo essa carta por que esse costume foi perdido no tempo, e nós só demonstramos sentimentos de carinho pelos nossos quando os perdemos pro tempo ou pra vida.

 Continuamos a torcer pelo mesmo clube de futebol, ainda temos gosto musical parecido e garanto que você continua sendo meu pato no videogame.

 Amigo, que não faltem boas lembranças para nós. Ah e cerveja também.

Um abraço do seu mano.


ManoRil


( "Cartas aos meus" é uma série de cartas que escrevi para várias pessoas que nos acompanham de perto ou de longe, amigos, parceiros, irmãos... E reticências.)

- Cartas aos meus – Carta 1

Silvia,

 Eu não sei o momento exato que tudo isso começou – deveria saber por que foi o instante que minha vida virou outra – mas eu acho que a gente já sentia esse amor antes mesmo da gente saber, só a gente não ganhou que aquela amizade viraria namoro, noivado, casamento e Mayara. E tudo isso virou lindamente, e toda vez que paro e penso, sinto um baita orgulho disso tudo, orgulho dessa aliança que temos no dedo, orgulho de nunca termos dormido em camas separadas por motivo de brigas – a gente ainda segue os ensinamentos dos antigos – e vou por ai sentindo orgulho dessa família que criamos.

 Sabe Silvia o mundo grita dizendo que as palavras “Eu Te Amo” estão prostituídas, pode até estar, mas pra nós não, e arrisco dizer que nunca estará, nos nossos dias elas nunca faltaram e nem se prostituirão.

 Silvia quero que você visite mais os seus amigos, conviva mais com os seus pais e irmãos, o tempo é um cara ingrato que não permiti segunda chance nunca, não deixe ele te consumir em vão,  quando você flagrar em meu rosto uma forma não muito amistosa, ignore-a e lembre-se:

 “Esse cara me ama.”

  Hoje quero que em suas ações você consiga pensar mais em você, na sua felicidade e no seu bem estar, e nem pense que estou abrindo mão de ti, veja e repare eu sou o seu espelho, sou o seu reflexo, logo você estando bem eu estarei igual, reflexo saca?

  Agora não temos que provar nossa fidelidade e amor, evoluímos juntos, crescemos e aprendemos juntos o que é viver com amor, e não podemos ensinar ninguém como se vive assim pois nem nós sabemos, é que o amor é algo que não se aprende, simplesmente se senti.

 Silvia te escrevo essa carta por que esse costume foi perdido no tempo, e nós só demonstramos sentimentos de carinho pelos nossos, quando os perdemos pro tempo ou pra vida, eu não quero usar as mais belas palavras para algo ou alguém que não esta mais aqui.
 Eu te amo por todos os dias da minha existência, te quero bem, te quero mais.

Com amor.


ManoRil


( "Cartas aos meus" é uma série de cartas que escrevi para várias pessoas que nos acompanham de perto ou de longe, amigos, parceiros, irmãos... E reticências.)